domingo, 20 de maio de 2018

Astrônomos encontram oxigênio em galáxia a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra

Cientistas encontraram sinal de oxigênio em galáxia localizada a 13.28 bilhões de anos-luz de distância da Terra, demonstra estudo publicado na quarta-feira (16) na revista científica "Nature". O registro foi feito pelo supertelescópio ALMA (Atacama Large Milimeter Array) e é o ponto mais distante do Universo em que o gás foi registrado. O ano-luz é uma medida de distância utilizada em astronomia e indica o caminho percorrido pela luz no vácuo no período de um ano. Para se ter uma ideia da distância do ponto de oxigênio encontrado, o Sol está a 8 minutos-luz do nosso planeta. O feito foi alcançado por uma equipe internacional de astrônomos, coordenada por Takuya Hashimoto, pesquisador no Observatório Astronômico Nacional do Japão. A galáxia tem o nome de  MACS1149-JD1 e, para identificar o gás, os cientistas primeiro verificaram a presença de uma luz infravermelha emitida pelo oxigênio. "Eu fiquei tão animado que eu sonhei com o sinal de oxigênio e tive dificuldade de dormir à noite", disse Hashimoto. O cientista descreve que o sinal infravermelho percorreu 13,28 bilhões de anos-luz; e, por isso, trata-se do oxigênio mais antigo já detectado por qualquer telescópio. Para chegar a essa distância, os cientistas mediram o comprimento de onda do sinal infravermelho.  

Segundo os cientistas, por um certo período após o Big Bang, não havia oxigênio no Universo. O oxigênio foi criado nas estrelas e liberado quando morreram. Por isso, a detecção de oxigênio em MACS1149-JD1 indica que gerações anteriores de estrelas expeliram o gás. A partir disso, os astrônomos também identificaram que as estrelas mais antigas da galáxia existiram há cerca de 250 milhões de anos. Não é a primeira vez que o ALMA registra o oxigênio mais distante. Em 2016, cientistas encontraram oxigênio em galáxia a 13.1 bilhões de anos-luz. "Com a descoberta, nós também encontramos a fase mais antiga de formação de estrelas de que se tem registro", disse Hashimoto, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, em nota.

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